domingo, 24 de julho de 2011

Ascendenza


Prevejo que o assunto mais recorrente aqui no blog vai ser este: "ancestralidade". O que é bastante curioso, pois há pouquíssimo tempo atrás eu não sentia conexão nenhuma com meu passado e com meus ancestrais.

Eu tenho uma família bem estranha. Ninguém se abraça, ninguém se dá bom dia, ninguém bate na porta antes de entrar, não há palavras como "por favor", "obrigado", "com licença", "feliz aniversário" e por aí vai. É, estranho assim mesmo. Então não preciso nem ir muito a fundo no assunto para explicar o porquê da minha dificuldade com os ancestrais.

Mas os deuses sempre estão ali para mostrar o outro lado da moeda. Veja só: sou descendente de italianos pelos dois lados da minha família e vivo em uma região muito tradicionalista em relação a cultura dos antepassados. E meu panteão de devoção sempre foi o greco-romano. E só muito recentemente fui me dar conta da ligação entre estes fatos.

Reverenciar os antepassados não quer dizer apenas reverenciar a família, aos laços de carne; também significa reverenciar o passado da nossa terra, das nossas origens, a egrégora milenar por trás de todos os nossos parentes mais distantes. A raíz da nossa árvore. Amar aos antepassados não é só amar aos nossos pais, avôs, bisavôs; é amar também aqueles que lutaram e morreram nas guerras, que plantavam e colhiam, que honravam a terra e o sol como partes de si mesmos.

Saluti!

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