sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Meu outro blog!

Aos que não sabem, eu e o Bruno do Gombrich Não Morreu cuidamos de mais um blog além dos nossos pessoais: o Faëria Musïca.


É um blog dedicado a gêneros de música pouco conhecidos por aqui: ethereal, neoclassic, neofolk/neopagan e dark ambient. Ficou curioso pra saber o que é? Entra lá. =)

sábado, 24 de setembro de 2011

Caminhos de Pedra: Ancestralidade no Interior do RS

Um tempo atrás tive a oportunidade de conhecer de perto um dos cenários ítalo-brasileiros mais belos da região sul: o Caminho de Pedras, no município de Bento Gonçalves.
Pra quem não sabe, Bento Gonçalves é o principal polo vitivinícola do país e grande parte de seus habitantes são descendentes diretos dos imigrantes italianos. Ainda hoje muitos bento-gonçalvenses têm o Talian (dialeto venêto) como sua língua mãe.

Pois bem, o Caminho de Pedras é um vale no interior da cidade lá podemos ver inúmeras casas centenárias dos antigos imigrantes, passear pelos plantios de videira, visitar moínhos, casas de tecelagem, ferrarias, capelas, cantinas... e beber um vinho cuja produção busca traduzir a sua essência mais tradicional.
Sem dúvida alguma a presença de Baco e Dionísio grita em todos os cantos por lá.

Infelizmente não tirei nenhuma foto do meu passeio, porque fui levada desprevinida.
Fiquem com algumas fotos do portal oficial Caminhos de Pedra:




Mais informações:
http://www.caminhosdepedra.org.br
http://www.bentogoncalves.com.br
http://www.turismobento.com.br

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Il Cantico Delle Creature

A te solo Buon Signore
Si confanno gloria e onore
A Te ogni laude et benedizione
A Te solo si confanno
Che l'altissimo Tu sei
E null'omo degno è
Te mentovare.
Si laudato Mio Signore
Con le Tue creature
Specialmente Frate Sole
E la sua luce.
Tu ci illumini di lui
Che è bellezza e splendore
Di Te Altissimo Signore
Porta il segno.
Si laudato Mio Signore
Per sorelle Luna e Stelle
Che Tu in cielo le hai formate
Chiare e belle.
Si laudato per Frate Vento
Aria, nuvole e maltempo
Che alle Tue creature dan sostentamento.
Si laudato Mio Signore
Per sorella nostra Acqua
Ella è casta, molto utile
E preziosa.
Si laudato per Frate Foco
Che ci illumina la notte
Ed è bello, giocondo
E robusto e forte.
Si laudato Mio Signore
Per la nostra Madre Terra
Ella è che ci sostenta
E ci governa
Si laudato Mio Signore
Vari frutti lei produce
Molti fiori coloriti
E verde l'erba.
Si laudato per coloro
Che perdonano per il Tuo amore
Sopportando infermità
E tribolazione
E beati sian coloro
Che cammineranno in pace
Che da Te Buon Signore
Avran corona.
Si laudato Mio Signore
Per la Morte Corporale
Chè da lei nesun che vive
Può scappare
E beati saran quelli
nella Tua volontà
che Sorella Morte
non gli farà male.

(O Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis. Imagem retirada de deviantArt)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dos Cavaleiros do Zodíaco ao Politeísmo Helênico

Sou da geração de crianças e jovens dos anos 90 que pirou com Os Cavaleiros do Zodíaco na extinta Rede Manchete (e ainda piro, diga-se de passagem). Lembro até hoje, 17 anos depois, do primeiro episódio que assisti e da paixão que tive a primeira vista. Naquela época eu já tinha alguns padrões da minha espiritualidade bem fortes e desenvolvidos (era uma pirralhinha mística) e foram estes padrões que me fisgaram na série. Não fui tomada pelas intermináveis cenas de luta aos gritos de Athena, nem pelos golpes e suas descrições rocambolescas, nem pelas armaduras douradas forjadas a ferro, fogo e sangue; foram, enfim, as referências astrológicas que designavam os personagens, os desenhos dos templos e das colunatas gregas, as constelações bordadas no céu, o Olimpo, as arenas, a presença dos nomes mitológicos e, claro, o culto e a devoção à Athena que fizeram meu peito arder em paixão pela série.

E pouquíssimos anos depois veio meu contato mais profundo com os mitos gregos e conheci, pela primeira vez, Aquela me fascina: Perséfone. Mas isso é história para outro post. =)

Me pergunto, hoje, se essa paixão explosiva que minha geração teve pelos Defensores de Athena não foi um tipo de reconhecimento oculto dos símbolos gregos, de um passado vivido por todos nós. Um retorno às origens. Por mais besta que um desenho japonês possa ser, ele vem carregado de símbolos, e nossa alma os lê e os reconhece todinhos. E os símbolos lá são bem fortes, bem objetivos.

Não diria que minha conexão com o politeísmo helênico tem algo a ver com os Cavaleiros do Zodíaco, óbvio, mas vê-los percorrendo aqueles templos nomeados com os doze signos do zodíaco foi o maior baque que pude ter aos meus 8 anos de idade. =)

Ah, não deixem de conferir o site do Carlos Alberto Reyes, o responsável pelo desenho que abre este post. Ele faz desenhos incríveis da série e também há uma galeria dedicada a desenhar outros Deuses que não estão presentes na série original, como Hera, Gaia, Afrodite (como deusa), Cronos, Hades e Perséfone.

domingo, 24 de julho de 2011

Ascendenza


Prevejo que o assunto mais recorrente aqui no blog vai ser este: "ancestralidade". O que é bastante curioso, pois há pouquíssimo tempo atrás eu não sentia conexão nenhuma com meu passado e com meus ancestrais.

Eu tenho uma família bem estranha. Ninguém se abraça, ninguém se dá bom dia, ninguém bate na porta antes de entrar, não há palavras como "por favor", "obrigado", "com licença", "feliz aniversário" e por aí vai. É, estranho assim mesmo. Então não preciso nem ir muito a fundo no assunto para explicar o porquê da minha dificuldade com os ancestrais.

Mas os deuses sempre estão ali para mostrar o outro lado da moeda. Veja só: sou descendente de italianos pelos dois lados da minha família e vivo em uma região muito tradicionalista em relação a cultura dos antepassados. E meu panteão de devoção sempre foi o greco-romano. E só muito recentemente fui me dar conta da ligação entre estes fatos.

Reverenciar os antepassados não quer dizer apenas reverenciar a família, aos laços de carne; também significa reverenciar o passado da nossa terra, das nossas origens, a egrégora milenar por trás de todos os nossos parentes mais distantes. A raíz da nossa árvore. Amar aos antepassados não é só amar aos nossos pais, avôs, bisavôs; é amar também aqueles que lutaram e morreram nas guerras, que plantavam e colhiam, que honravam a terra e o sol como partes de si mesmos.

Saluti!

Debutando

Dar o ponto de partida no meu primeiro blog não vai ser fácil - mas é preciso começar de algum lugar. Me expressar pela escrita é um verdadeiro desafio para mim, e acho que é por isso que tomei a decisão de fazê-lo. Já faz algum tempo que Eles vêm me solicitado uma dedicação e expressão criativa, e ainda não havia tomado nenhuma iniciativa. E, bem, aqui está. =)

Espero que Eles me guiem e que eu possa dar o meu máximo aqui e em todos os âmbitos de minha vida.

Buona fortuna a tutti noi!